12/11/2009
O trabalho artesanal se tornou uma característica de São José do Rio Pardo. As peças produzidas geralmente são vistas em feiras artísticas que acontecem regularmente durante o ano. Na cidade existem muitas pessoas que se dedicam a este tipo de trabalho, e os artesãos rio-pardenses sempre procuram buscar inovações que agradem o público consumidor.
Com o objetivo de "buscar a diferença", a artista Ana Claudia Salvadori optou por conquistar seu lugar mesclando arte com pedagogia. Professora formada em educação artística, ela lecionou durante 22 anos e decidiu deixar a sala de aula para se dedicar ao ensino de outra forma. Começou a produzir artesanato em madeira com seu irmão, Fernando, proprietário de uma marcenaria, que já produzia e comercializava módulos em madeira para apicultura.
Com Ana Claudia, teve inpicio a produção de caixas em MDF para trabalhos manuais. As peças são feitas com material de eucalipto triturado e prensado. Com esse procedimento, o aproveitamento da madeira é maior, e a natureza é menos agredida, pois o consumo de árvores é menor.
Com a demanda, Fernando Salvadori passou a se dedicar exclusivamente à fabricação das peças para fins artísticos, enquanto Ana cuidava da pintura e acabamento.
Desde o início da produção, a artista queria que suas peças tivessem uma característica própria, e junto com o irmão começou a elaborar maneiras para que as idéias tomassem forma.
O primeiro trabalho surgiu por acaso. Uma amiga queria presentear uma criança e pediu para que Ana criasse algo diferente. "Ela disse que o menino tinha muitos brinquedos, então optei por fazer algo que não se encontra nas lojas."
Ana e Fernando desenvolveram o primeiro de uma série de livros de madeira, chamado "Formas e Cores", que leva em seu interior letras do alfabeto feitas com EVA, uma espécie de borracha não tóxica, para que a criança pudesse brincar aprendendo a formar palavras. O presente agradou tanto que logo em seguida uma psicóloga encomendou peças iguais para seu consultório em São Paulo. "Depois desse dia, comecei a ter mais idéias, recebia sugestões de amigos e até sonhei com algumas criações", comenta a artesã.
Depois do livro de letras, foi criado um brinquedo para ensinar crianças a contarem as horas em um relógio. Depois surgiram um jogo da memória e uma maleta cheia de personagens que mudam de roupa e corte de cabelo, além de outros itens.
A experiência em sala de aula ajudou Ana a conhecer melhor as preferências infantis. A artista faaz brinquedos para meninas e meninos com uma diversidade enorme de temas, A mais nova criação para garotas é uma casa de bonecas mobiliada em seus mínimos detalhes, Para os garotos, a novidade é uma "Fazendinha", como Ana mesmo intitula, que ensina a criança a como cuidar dos animais.
O maior destaque da produção, no entanto, é a "Arca de Noé", bastante procurada por meninos e meninas. A Arca vem acompanhada com muitos animais, que também são vendidos separadamente.
A casa de Ana Claudia Salvadori, na Vila Formosa, é repleta de peças artísticas. É ali que ela expõe e comercializa os mais exclusivos modelos em uma infinidade de trabalhos.
A artista fabrica também produtos convencionais, como bandejas, caixas enfeitadas, quadros, porta-retratos. "Aqui tem sugestões para todos os gostos e feitos com os mínimos detalhes", finaliza.
Fonte: http://jornaldemocrata.com.br/materias/read.asp?Id=7093&Secao=124
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