O Portugal Fashion voltou a apostar, pela 3.ª edição consecutiva, numa estrutura que se afasta do conceito tradicional de passerelle, para assim apresentar, através de jovens criadores, desfiles em ambiente mais informal, urbano e multidisciplinar.Já passaram três edições e segundo Miguel Flor, coordenador do projeto, o Espaço Bloom é uma iniciativa "para continuar". O Portugal Fashion concedeu, mais uma vez, a oportunidade a jovens nacionais e a escolas de moda de mostrarem as suas criações de vestuário num espaço próprio, do qual Miguel Flor fala com orgulho.
Foram apresentadas 14 performances de moda. Tudo acontece de forma performativa, trata-se quase de uma instalação viva. Miguel Flor, coordenador do Espaço Bloom, introduz o conceito de performance, já que se pretende "afastar da ideia tradicional de passerelle" e, tal como o nome indica, Bloom significa "florescer, dar flor, resplandecer. No fundo, trazer frescura ao evento".
O coordenador afirma, ainda, que o objetivo é passar a mensagem de que algo que está a nascer e que é laboratorial. Mais experimental, arriscado e inovador. Estiveram presentes 11 jovens criadores. O JPN falou com Daniela Barros, Margarida Gentil e Iúri Coelho.
Daniela Barros
Daniela Barros já não é uma novidade no Espaço Bloom. Aliás, inaugurou este novo conceito através de um convite de Miguel Flor e já vai na sua 3.ª edição. Tirou o curso da Escola de Moda do Porto e vê a sua participação como um meio de divulgar o seu trabalho e de desenvolvimento a nível pessoal e social.
Acredita que apoiar os jovens criadores é muito importante e que os cursos de moda, hoje em dia, apenas fornecem dicas de como executar um bom trabalho. Toda a experiência é adquirida em concursos e experiência. Participou em eventos como o "Lenços dos Namorados", em Vila Verde, "Acrobatic Porto", "Jovens Criadores Lisboa" e "Children's Fashion from Portugal", no qual foi uma das vencedoras e, ainda, em duas edições do "Modtissimo", onde alcançou um segundo lugar.
Nesta dição do Espaço Bloom, Daniela Barros deu a conhecer a coleção "Y Dor". Singularidade, ambiguidade e frieza são as principais características das suas peças. Cores escuras, iluminadas pelo branco, que simbolizam uma figura austera e elegante.
Margarida Gentil
Licenciada em Design de Moda pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL), Margarida Gentil, tal como Daniela Barros, foi convidada por Miguel Flor e já conta com três presenças no Espaço Bloom.
Vê a existência deste espaço como essencial. "Por um lado, permite que os jovens mostrem o seu trabalho enquanto formam carreira; por outro promovem e estimulam o desenvolvimento da sua marca", diz. Considera também que é crucial para que os jovens designers se apercebam do que é o mundo da moda, "desde saber o que é usar roupa, vender roupa e perceberem a forma de promoção das suas peças".
A sua coleção no Portugal Fashion assentou num novo acabamento têxtil que se tem vindo a desenvolver em Portugal, a pele de cortiça. Com inspirações exóticas, o seu conjunto de coordenados primaram por tecidos brilhantes, frescos e fluídos. "Fresh.Skin" foi o nome da sua coleção.
Iúri Coelho
Iúri Coelho é licenciado em Design de Moda pela FAUTL e encontra-se a frequentar mestrado na mesma instituição. Uma vez mais, Miguel Flor teve um papel preponderante na participação deste jovem criador. Foi a sua primeira vez no Espaço Bloom, assim como o seu primeiro desfile. De forma sucinta, Iúri define a importância da sua participação neste tipo de eventos como uma "forma de ganhar experiência e visibilidade". A sua apresentação, intitulada "Two", colocou os olhares de todos os convidados num conjunto de movimentos lineares inspirados no corpo humano.
Fonte: http://jpn.icicom.up.pt/2011/10/26/espaco_bloom_o_sangue_novo_do_portugal_fashion.html
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