segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Verão leve e solto: semanas de moda europeias mostraram as tendências para a próxima estação

Laura Coutinho, de Lisboa
Na Europa, a temporada de moda, que começou em Londres e terminou em Lisboa, no último domingo, mostrou nas passarelas o que deve pautar a moda no verão 2011. Enquanto das passarelas de Nova York, que precedem as demais, saem propostas tidas como mais "comercias", é dos desfiles europeus os títulos de criativas e referenciais. O que é mostrado por lá não determina apenas as preferências femininas, como influencia todo o mercado da moda, criando e confirmando tendências. A moda vai à feira A 35ª ModaLisboa encerrou o circuito de semanas de moda europeia investindo na informalidade e no charme do Mercado da Ribeira para apresentar as tendências do verão 2011. Em tempos de crise e de um pessimismo generalizado no país, o evento inspirou-se num dos mercados públicos mais tradicionais da capital portuguesa, na tentativa de mostrar que a moda é um bem tão necessário quanto os itens ali vendidos. A mistura entre tradição e vanguardismo não agradou a todos os comerciantes, que argumentaram que o local não tem a ver com moda e que suas bancas em nada iam lucrar com o público fashion, mas rendeu cenas curiosas, já que os desfiles da plataforma LAB foram montados entre frutas e verduras, tendo como moldura o colorido de bananas e tomates. Confira o que deve estar em alta no verão: Monocromático O look de uma cor só brilhou em importantes passarelas, como a da Dolce & Gabbana, Armani, Chloé e Bottega Veneta. Couro de verão Tendência nas últimas estações, peças em couro, principalmente as jaquetas curtinhas e ajustadas, seguem fazendo onda verão adentro. Flores Embora os lisos estivessem em maioria, as estampas florais também brilharam nas passarelas europeias. Composta com tecidos fluidos e saias longas, a tendência mantém o perfume boho-hippie. Fluidez Numa inspiração meio etérea, os vestidos e saias também são fluidos e acompanham as linhas femininas sem marcar demais. O resultado é roupa com movimento. Rendas A elegância da renda parece que veio para ficar. Da femme fatale italiana de D&G à portuguesa dramática, com pitadas góticas, de Ana Salazar, o tecido prova que não precisa estar, necessariamente, conjugando looks delicadinhos e ingênuos. Transparência O jogo do esconde-e-mostra esteve presente em muitos desfiles de verão. Sobrepostos a outros ou não, tecidos fininhos e translúcidos, como o tule, sugerem uma sensualidade sutil — bem na ordem do dia — e conferem feminilidade ao look. Tribal O continente africano combinado a inspirações tribais foram reconhecidos na combinação de cores, modelagens e estampados de vários criadores. No ModaLisboa, a brasileira Cia. Marítima comemorou os 20 anos com uma viagem ao Marrocos. O resultado foi a mesma praia chique que vem dominando a beach wear nos últimos verões, mas com um perfume exótico no ar. Luis Buchinho também pensou em um pôr-do-sol na África para compor sua coleção, recheada de estampas selvagens. Mais apostas Longos: as hot panties (shorts ultracurtos) até podem ter continuado entre as apostas de alguns estilistas, mas os comprimentos no pé foram maioria (e novidade). Tem desde saias abaixo do joelho a vestidos longuíssimos. Plumas e franjas: a tendência cabaret ficou explícita em coleções como as de Karl Lagerfeld para Chanel. Overzided: principalmente os casacos estão em versão "dois números maior". Boys and girls: a dualidade entre masculino e feminino é sugerida pelo visual geek. Muita alfaiataria e, claro, os clássicos óculos de armação imensa.

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