sábado, 2 de abril de 2011

O antigo está na moda

Em tempos modernos de incentivo ao consumo de parafernálias tecnológicas, o apreço ao antigo ganhou outra denominação. Quem se achava ultrapassado por não abrir mão do disquete, da máquina analógica ou do disco de vinil, agora se autodefine como cult. Em português, “culto”, a palavra é empregada para designar um grupo de seguidores de qualquer produto que não esteja mais em evidência.
Se o cult está na moda, com roupas, calçados e acessórios não poderia ser diferente. Entre os lançamentos do mundo fashion, as peças vintage sempre têm um espaço cativo, tanto nas passarelas quanto fora delas. Resistentes às oscilações das tendências, traços da moda setentista, oitentista e noventista nunca saem de cena e geralmente são associados com personalidade forte. Incrementar o look com uma peça antiga é quase um protesto contra as regras impostas pela própria moda.
Então, quem quiser se rebelar, ou já faz parte do movimento, deve ter ao menos um brechó como parada obrigatória. Embora ainda vinculados à ideia de produtos usados e consumidos por pessoas de baixa renda, os estabelecimentos aos poucos vencem o preconceito (muito graças à valorização do “ser cult”).
Com uma grande variedade de peças de diversas épocas, os brechós ainda permitem que o cliente saia carregado de sacolas sem sacrificar muito o bolso. Em Santa Cruz do Sul, uma loja foi mais além: investiu no estilo vintage das marcas importadas, mas todas com preços acessíveis. É a prova de que é possível aliar moda e economia. Viva o antigo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário